29 de nov. de 2011

Então né...

Sabe, acho que ando numa fase pouco tolerante. Atolada de problemas no trabalho, alguns probleminhas pessoais básicos, mas o que mais tem me deixado doida é que as pessoas acham que você tem que virar ET por ter feito a gastroplastia.

De boa, vivo normalmente, me alimento normalmente, convivo com as pessoas normalmente. Que saco as pessoas olharem para meu prato e ficarem com cara de piedade! PORRA, nunca vivi para comer, sempre comi para viver. Sim, claro, fiquei obesa por que tive crises autodestrutivas ao longo da vida, autopunição, mas passou.  Nunca tive prazer em passar uma tarde inteira dentro de uma churrascaria, muito menos de devorar um bolo de chocolate inteiro.

Mais uma coisa que me irrita são as pessoas achando que eu tenho que me achar o máximo, o último Negresco do pacote. ALTO LÁ!!!! Sou a mesma pessoa, não vou me tornar esnobe muito menos fútil por que estou emagrecendo não. Meu objetivo sempre foi voltar a ter saúde, disposição, vontade de viver, não de ficar saradona e entrar numa calça 38.

Nunca fui extremamente vaidosa, na verdade, nunca fui quase nada vaidosa, ok, a natureza ajudava mais na junventude, hoje me cuido um pouco mais, afinal, não sou mais uma mocinha, mas me nego a ficar presa a moda, cosméticos, maquiagem. PARA NÉ?!

Gosto sim de me arrumar, ficar visualmente agradável A MIM MESMO e ao MEU MARIDO. O que os outros pensam, de boa, não me interessa em nada. Nunca liguei para opinião alheia, não é agora que vou ligar né.

E aí vem o pessoal que fez a cirurgia: "Ai que não consigo comer.", "Ai que estou ficando toda mole", "Ai que passo um monte de vontade", "Ai que sou o/a mais gostosa do mundo", "Ai que eu acho um saco isso, um saco aquilo", "Ai que operar muito gordo é furada". PORRA!!!! Operou pra que???!!!!! Só para ficar enchendo meu saco depois???!!!

Todo mundo, salvo aqueles que tem a má sorte de cair nas mãos dos carniceiros que se dizem médicos, tem informações suficientes para saber que é uma mudança drástica de vida, NÃO RECLAMA DEPOIS!!! Fez por que quis, ninguém obrigou...

Aí, quando eu viro e falo: Não tenho entalos mais, não vomito, como quase de tudo (sim, não cortei nada da alimentação basicamente, as coisas que hoje não como, já não comia antes), não tô ficando com cara de morta, meus exames estão ótimos, me olham como se fosse um ET. Para né?! Tô fazendo minha parte, e que Deus me guie para fazer sempre.

Tomar dois comprimidinhos de manhã não me matam, ter que tomar meio copo d'água quando estou com sede ao invés de 1,5 lts de uma vez também não, comer pouco muito menos, não sinto fome!!!!

Mas o pior de tudo é quando vem aqueles espertões, que não fizeram cirurgia mas que "manjam tudo" e teimam comigo que eu não fiz cirurgia ("Ah, você não fez não, deve estar fazendo qualquer outra coisa"), só por que EU NÃO ESTOU PÁLIDA, NEM COM A CARA MURCHA, NEM COM A PELE RUIM, NEM COM MAL HUMOR, NEM VOMITANDO TODA HORA. CARvALHO!!!!!!!!!!!! Que é isso!!!!!!! GRAÇAS A DEUS não estou pálida, com a cara murcha, nem pele ruim, nem passando mal... que ótimo! Objetivo alcançado!

Odeio ser comparada com o todo. Deus me fez um INDIVIDUO para ter características minhas. PHODA-SE se não estou usando o sapato da moda, PHODA-SE se não tenho um carro considerado top de linha, PHODA-SE que não conheço AQUELE restaurante, PHODA-SE que não conheço a Disney, PHODA-SE QUEM NÃO TEM O QUE FAZER E FICA CUIDANDO DA MINHA VIDA!!!!

EU SOU FELIZ PRA CACETE E ISSO QUE IMPORTA PARA MIM, O RESTO É BOSTA!!!!!


Acho que estou um pouquinho intolerante hoje.... kkkkkkkkk

28 de nov. de 2011

4 meses

Então, no dia de hoje, parabéns para mim né? Afinal, chegar aos 4 meses de gastro sem lembrar que fez gastro acho que é um presentão.

Hoje tenho vida normal. Me adaptei totalmente ao meu pequeno estomago. Raras vezes acontece algum acidente de percurso, posso dizer que esse último mês não houve nenhum, muito pelo contrário, foi só alegria.

Entrei na fase de não ter absolutamente nada a dizer sobre o assunto muito antes do que imaginei que entraria... rs... O próprio blog vai perdendo um pouco o sentido. A dieta tá adaptada, as roupas ficando largas, eu mais disposta, mais feliz, e no mais, vida normal.

Ah! Meus cabelos estão despencando, para não dizer que não tenho novidades... tá caindo demais! Um horror!!!!

Não comecei atividade física ainda, devo começar amanhã, se tudo der certo.


E é isso aí, parabéns pra mim!!!

25 de nov. de 2011

Festas de confraternização

Quase todas empresas hoje em dia fazem festas de confraternização. Aqui não é diferente. São 3 dias de festa, sempre com uma banda legal. Nosso dia de ir foi ontem. Esse ano foi o Kid Abelha. Gosto, mas é meio paradinho para festa de confraternização.

Já tinha dito para o povo aqui que esse ano ia me jogar, o povo ficou meio assim, mas fiz. Gente, que tudo.

Em 2009, foi festa Country, dancei, brinquei, foi bem legal, mas fiquei com a coluna, joelhos e tornozelos doendo mais de 2 semanas. Sai da festa antes de terminar, eram 00:30 h.

Em 2010 a festa foi com Paralamas do Sucesso. Mal consegui assistir o show. Foi muito frustrante, pois não conseguia ficar em pé de tanta dor. Sentada, vendo todo mundo se divertir não consegui ficar. Sai da festa assim que acabou o show praticamente, não eram nem 23:00 h.

Em compesação ontem, me joguei com vontade total!!!! Nem sei onde meu povo sentou, não vi a mesa! Fiquei o tempo inteirinho na pista. O show foi acompanhado com coreografias e cantando todas as musicas, e me atirei literalmente na pista com o DJ. Fui embora 00:55 h, a festa costuma acabar as 01:30 h. Coloquei uma danadinha de uma sandália que ficou fazendo fricção na pele abaixo da unha do dedão do meu pé. Resultado? Bola. Melhor, bolha estourada. Tentei, mas ficou insana a dor quando eu andava ou mexia o pé. Tirar a sandália nem pensar, o chão tava imundo de tanta cerveja.

Lembrei da cirurgia? Definitivamente não. Quando cheguei comi dois canapés e meio copo d'água. Quando entramos para a apresentação inicial, comi um mini lanchinho e comecei a tomar cerveja. Foram 4 copos e depois só água. No decorrer de toda festa comi mais 1 mini lanchinho e quando fui embora comi 2 mini tortas, uma de morango e outra de uva (mini mesmo viu, dava uma colher de sopa, assim como os lanches, que eram do tamanho de um salgadinho de festa).

Fiquei ótima, alegrinha, não bebada, pois não costumo mais beber a muito tempo, então, 4 copos de cerveja é muita cerveja para mim.

E foi isso, me senti vitoriosa e muito feliz, afinal, tô recuperando minha vida.

Abaixo uma retro com fotos das festas. 2009, 2010 e 2011, ontem, respectivamente.

16 de nov. de 2011

Sem assunto...

Sabe, não sei se fui privilegiada ou se é assim com todo mundo, mas ultimamente nem me lembro que fiz a gastroplastia, a não ser pelas cicatrizes.
Minha alimentação já está mega adaptada, é raríssimo eu passar mal com alguma coisa, e quando passo, já como tendo idéia que pode me fazer mal. A qualidade do que como não mudou muito, na verdade, passei a ingerir mais carne e menos carboidrato (arroz, macarrão, batata, farinhas e afins), pois não cabe... prefiro comer meus legumezinhos como acompanhamento ao carboidrato. Já não comia frituras, montes de açúcar, refrigerantes, montes de álcool, então, basicamente o que mudou foram as quantidades.
Esse  final de semana do feriado tive a prova de fogo que as coisas andam bem monótonas. Fui ao casamento de um amigo no interior de SP. Chegamos mais cedo, fomos em uma grande turma e ficamos no mesmo hotel, reservamos a churrasqueira do hotel e começamos a grande farra as 14:30 h (quer dizer, começou antes, nós chegamos esse horário).
Comi minhas carninhas (não deu nem de longe 200 gr), até um pãozinho de alho eu arrisquei uns pedacinhos. Aí, experimentei um drink que meu marido fez a base de vodka e depois continuei bicando a cerveja dele (bicando mesmo, já bebia uma miserinha antes da cirurgia).
Chegando ao casamento, comi alguns petisquinhos, bem pouquinho, deve ter dado uns 4 ou 5 coisinhas (um tomatinho cereja recheado, um mini quiche de bacalhau, um bolinho de shitake e uma esfirrinha de carne), biquei a cervejinha do marido e tomei umas 3 ou 4 taças de vinho frisante. Lá pelas tantas jantei, comi uma trouxinha de massa recheada com ricota e nozes e duas fatias finas de carne ao molho madeira.
Sabe o que aconteceu? Nada. Absolutamente nada. Fiquei super bem, não fiquei bêbada, fiquei numa boa, a última coisa que lembrei é que fiz cirurgia. Quer dizer, lembrei bastante da cirurgia pelos elogios né... kkkkk
Cheguei a conclusão que não tenho muito o que colocar aqui de novidades... tá tudo tão normal na minha vida. Fico tentando imaginar de onde algumas amigas gastroplastizaas conseguem tanto assunto sobre o pós operatório... acho que sou ruim mesmo de relatos ou to muito diferente de todo mundo... será isso preocupante?

4 de nov. de 2011

Loucuras...

Hoje retornei com a endócrino aqui do centro de saúde ocupacional. Fiquei mais chocada do que já sou com as loucuras que pessoas despreparadas fazem por conta de estética.

Ela me disse que tinha atendido pela manhã uma colega de trabalho que fez a bariátrica em 2004 e retornou da segunda cirurgia. Aí, eu ingênua perguntei: "Da plástica Dra.?", ela respondeu: "Não, da segunda bariátrica. Operou, emagreceu e conseguiu engordar tudo novamente, pior, o médico dela é tão irresponsável quanto ela, operou novamente utilizando outra técnica, que sinceramente, não sei qual é, pois ela tinha feito Capella, aquela com anel.".

Essa funcionária nunca fez acompanhamento nem pré nem pós operatório com ninguém, simplesmente operou por que tinha preguiça de fazer dieta.

Me assusta como os profissionais de saúde no Brasil se vendem por tão pouco. Como um psicologo, um clínico e um cardiologista dão atestado de óbito para uma pessoa destas? Sim, por que é um suicidio lento como disse a minha médica, e eu concordo.

Imagina só, passar por uma cirurgia de alto risco, emagrecer e voltar a engordar tudo novamente. É UM ABSURDO!!!!.

Ela me disse também que já é o segundo colaborador do hospital (sim, trabalho num hospital!!!!!) que faz a segunda cirurgia por ter engordado tudo novamente. Fiquei chocada demais...

Eu sou defensora da bandeira que a cirurgia tem que ser a última opção e tem que ser feita se há doenças associadas. Isso depois que descobri problemas sérios que poderiam me levar a morte (fígado), por que senão, nunca, disse NUNCA, teria passado pela cirurgia, se fosse só estética, de maneira alguma!!!

E não adianta, tem que fazer uma reeducação alimentar antes, tem que fazer acompanhamento clínico, nutricional e PRINCIPALMENTE PSICOLOGICO, não adianta nada operar e continuar pensando como gordo. Fala sério...

Antes da cirurgia eu era acompanhada por:
- Clínico / endócrino
- Nutricionista
- Psicologa
- Psiquiatra

Agora sou acompanhada por:
- 2 clínicos / nutricionista
- Nutricionista
- Psicologa
- Psiquiatra
- Gastro / cirurgião

Não dá pra ser diferente, desculpe, mas não dá. Não mata ninguém dispender umas horinhas por mês para se cuidar, sem dizer que a maioria você visita só a cada 2 ou 3 meses depois de um tempo.

Fala sério, é mais fácil cortando os pulsos com faquinha de cozinha né...


A tempo: minha vesícula vai bem obrigada! Não há pedras, nem barro, nem nada. A tomografia não deu nem a esteatose. Por segurança, daqui 3 meses repito o ultrassom, no mais, tá tudo lindo!!!

3 de nov. de 2011

Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença...

Quando resolvi ter um blog a idéia era registrar minha experiência com a obesidade e com a gastroplastia. No processo de decisão por este passo tão importante, a descoberta de vários blogs, muito que sigo ainda hoje, foi muito valiosa, aprendi muito, vi muitas experiências, enfim, nada como saber o que é de quem passou por aquilo.
Há quem pense que é exposição demais, meu marido, por exemplo, pensa assim. Não acho. Não acho por que aqui o assunto é focado. Eu decidi não falar de minha família, de meu trabalho, de meus amigos, enfim, o foco é gastroplastia. Lógico que superficialmente o assunto vem a tona, mas nada que seja profundo o suficiente para ser considerado uma exposição.
Um ponto que creio ser importante, muito importante, mas que nunca expus tanto foi minha relação com meu maridão, amor da minha vida.
Quando nos conhecemos eu não estava no meu menor peso (56 kg), pesava 65 kg. Já tinha passado pela primeira crise de depressão (vide http://borboletaeunao.blogspot.com/p/sobre-mim.html) e já havia engordado um bom bocado. Porém, apesar do sobrepeso, usava manequim 38 e tinha o índice de gordura corporal muito baixo, pois malhava 2 a 3 horas de segunda a sábado, tinha o corpo muito legal.
Nosso encontro foi algo repentino, aconteceu muito rapidamente, tudo... vínhamos de relacionamentos frustrados e difíceis, sabíamos exatamente o que queríamos e o que não queríamos. Do primeiro encontro até dividirmos o mesmo teto todos os dias foram menos de 8 meses (antes dividimos parcialmente, ele ainda voltava para casa dos pais 2 ou 3 vezes na semana).


Foi tudo muito forte e mágico, sabíamos que iríamos envelhecer juntos. O processo de engorda começou depois que fomos morar juntos. Parei a academia, coisa que por si só já ferra tudo. Mas não ganhei tanto peso assim. Cheguei a pesar 73 kg mas me casei com 68 kg.
Voltei de lua de mel com 73 kg novamente... rs Troquei de emprego, e aí começou a farra do boi (ou da vaca...). Engordei  e cheguei aos 76 kg, com síndrome metabólica.
Lógico que comecei a ficar perturbada com esse processo de engorda. Tinha crises horríveis quando tentava colocar uma roupa e ficava horrível. Mas meu amado estava sempre ali, me apoiando, me consolando e dizendo o quanto me amava, de qualquer jeito que eu estivesse.
Não conseguia entender como um homem poderia ter tesão em uma mulher gorda... e ele me provava que me desejava mais do que quando nos conhecemos... cabeça de gorda é uma M...A!!!
Começamos tentar engravidar... não preciso dizer que engordei mais né... 79 Kg quando descobri a gravidez... ao longo de todo trajeto de 9 meses, cheguei a 96 kg!!! Tudo bem, inchei pacas, tanto que meu filhote nasceu antes do tempo por conta da pressão arterial muito alta, mas fiquei muito bem resolvida, me achava linda, estava plena, feliz, se fosse rica ficaria grávida todo ano!!! Rs
E meu amado ali, me amando, desejando e apoiando o tempo todo... Filhote nasceu, emagreci bastante na licença, voltei a trabalhar com 82 kg. Aí, novamente engordei... cheguei ao peso do final da gravidez. Outra depressão, e novamente os questionamentos de como um homem poderia sentir tesão pelo boneco da Michelan. Mas ele nunca deixou de me desejar, de me tratar igual quando estava magra e me cuidava, por que sim, durante um longo período pareci um mulambo.
Mas ele estava sempre ali, firme, forte e sofrendo pacas com meu processo de auto destruição. Magoei muito a ele no auge da minha insanidade, não olhava para ele mais, afinal, não olhava nem pra mim. Mas ele esteve sempre ali, firme, presente, mesmo estando tão infeliz quando eu por toda situação, nunca deixou de estar firme e forte do meu lado.
Comecei um processo de melhoria antes da decisão de fazer a cirurgia e percebi o quanto fiz mal a ele, e ao meu pequeno também. Fui egoísta. Sim, fui, mesmo que inconscientemente fui muito egoísta. Queria ficar ali, no fundo do poço engordando e me matando aos pouquinhos e ignorei o quanto importante eram aqueles dois na minha vida e quanto eu era importante a eles.
Melhorei. E a libido? Não existia. Autoestima? Vixe!!!! Passava longe. Como se entregar  plenamente ao amor deste jeito? Tinha vergonha de não ter fôlego nem para amar o homem da minha vida. Tinha vergonha e raiva de não conseguir o satisfazer da maneira que gostaria e de não me satisfazer também. Tinha raiva de não ter coragem de me mostrar plenamente ao meu homem!
Queria ficar bonita para ele, o máximo que conseguia era me sentir “arrumada”. E ele ali, firme e forte, sempre me elogiando, dizendo que era linda, o quanto me amava, e muitas vezes, no auge da minha fúria, eu o maltratei, queria na verdade me jogar de um prédio, por que não conseguia entender como poderia alguém me achar bonita, me amar depois de tanta coisa ruim sendo vivida. Mas meu marido, meu amigo, meu amante, meu amor estava ali, firme e forte. Ele, mais que eu mesmo, apostou e investiu na minha reviravolta.
Ele sempre soube meus gostos. Sempre me presenteou com bijus, roupas, e sempre acertou... mesmo depois que eu me transformei num mamute.
Ele me apoiou e incentivou quando tomei a decisão de fazer a cirurgia. Cuidou de mim, do nosso filho, da nossa casa e quase surtou com o processo. Não era por conta da responsabilidade que estava assumindo não, era com medo de me perder. Assim como eu não me vejo viva sem ele ao meu lado, ele idem. Mesmo assim ele se manteve firme e forte, ultrapassou barreiras e me deu todo apoio necessário.
Na surtada básica pós cirúrgica mais uma vez ele sofreu. Nossa, como maltrato meu marido!!! Rs Não é de propósito, e ele sabe disso, mesmo assim, ele está sempre firme e forte do meu lado.
Ele me viu chorar, sorrir, brigar, esbravejar, xingar, me martirizar, ouviu absurdos de mim,  e se mantém, até hoje, firme e forte do meu lado.
Passamos por muitas dificuldades, minha obesidade foi uma delas. Muitas provações, muitas lutas, mas estamos aí, mais firmes e mais fortes!
Nesse processo de retomada da vida saudável e redescoberta da mulher que eu sou, ele sempre me incentiva. Ama me ver arrumada, maquiada, “cremosa” como ele diz. Me paparica, me carinha, me acalanta. ME AMA!
Não tem tempo ruim. Mesmo estando com quase 100 quilos, ele sempre enxergou a Gisele que eu mesmo não conseguia mais ver, e tenho certeza, que se não fosse por ele, nunca teria conseguido me libertar das correntes da obesidade.
Ainda há um longo caminho a percorrer, ainda vamos travar muitas batalhas, mas tenho certeza de todas as vitórias, pois ao lado de um guerreiro, sempre serei também uma guerreira.
BB, te amo demais e este post é para te provar o quanto é importante na minha vida. Te amo demais, você é a luz que ilumina minha vida, NUNCA, MAS NUNCA SE ESQUEÇA DISSO!

1 de nov. de 2011

Nutricionista

Hoje fui a minha primeira consulta individual com a nutricionista do Instituto Garrido. Dra. Simone. Por sorte, foi a mesma que deu a palestra pós operatória, de liberação da dieta sólida. Um amorzinho.

Bem, ela me perguntou se tive alguma intercorrência, se tinha vomitado e tal e disse que estava ótimo então não ter vomitado por passar mal e sim por entalar e disse que só 3 vezes neste período é um número ótimo (por que não foi com ela né...kkkk).

Olhou meus exames e disse que está tudo ótimo. Tudo que estava alterado já está normal e os exames estão todos perfeitos.

Questionou sobre minha alimentação típida e se surpreendeu ao ver que estou comendo as porções de carne recomendadas (na verdade, nessa aí até eu me surpreendi, jurava que estava comendo menos!). Disse que a única coisa que preciso corrigir é a ingestão de lacteos, pois agora o cálcio está ok, mas a longo prazo posso ter problemas. Tem que ser 3 porções por dia... aí meu Deus, onde vai caber né?



Acho que vou começar a enganar meu estômago... vou começar a usar Molico em pó, ao invés de preparar um copo com 2 colheres de sopa, faço com 4, só aí já estou ingerindo duas porções... continuo com os iogurtes e volto pro queijo.

Não aguentava mais comer aquele queijo branco igual isopor, por isso parei um pouco. Ela disse que posso comer queijo amarelo de boa, então, vamos variar o cardápio né! Disse também que o Minas Padrão é bem gostosinho e tem gosto de queijo... kkkkk

Dos doces, como mudei para comer a mini barrinha quando dá vontade, então, não pegou nada, mesmo assim, ela disse que 1 pequeno bombom de vez em quando não vai me matar, já que não sou compulsiva, alucinada por doces ou chocólatra, mas que se pra mim, a barrinha já matava a vontade, melhor... só não podia substituir por um lanche... ela tem que ser pra hora do aperto, não para lanches.

Para fechar, ela perguntou da água, minha amada água que não desce mais... ela disse que é normal, e que posso tomar chás... só pediu para evitar os industrializados por conta do sódio... na verdade, ela disse que até pode, mas com moderação. Então, vou começar a fazer chazinhos mate e de ervinhas para tomar friozinho no calor...

É isso, foi tudo melhor do que eu esperava, ela me elogiou e disse que estou no caminho certinho, com excessão de não ter começado ainda exercícios físicos. Juro que ia começar hoje, mas a dor que estou sentindo é tanta, mas tanta que mal estou conseguindo ficar em pé. Ainda bem que na próxima terça já tenho gineco.